quarta-feira, 18 de novembro de 2009

O fim e o princípio

A segunda edição do Projeto Lanterninha está perto do fim, mas ao contrário do que parece, mais do que o fechamento de um ciclo, esse encerramento indica a abertura de novos campos para a vivência da arte e sua relação com a cidadania no ambiente da educação pública.

Aprendemos muito mais depois da implantação do projeto piloto no ano passado. Este ano manejamos com um pouco mais de astúcia o aparelho escolar e de cara já buscávamos identificar os parceiros e possíveis multiplicadores do projeto em cada escola. Porque não adiantaria a construção pedagógica do projeto, não resolveria a capacitação em linguagem cinematográfica que damos a nossos monitores se dentro das escolas não tivéssemos pessoas dispostas a fazer com que o projeto seguisse em frente.

A educação pública no Brasil é feita de muitas salas vazias, de muitos espaços em branco. Mas é feita também de muitos idealistas, de muitos apaixonados pela arte, pelo conhecimento, pelo pensamento livre. E estes, acolhem o Projeto Lanterninha e fazem com que ele se multiplique.

O Lanterninha é um projeto que se alimenta do desejo de transformar a condição extremamente desigual da sociedade em que vivemos. Para isso levamos o cinema para dentro da escola pública, para arejá-la, para criar novos caminhos por onde a sensibilidade das pessoas que ali se relacionam possa aflorar, para que a cidadania seja uma realidade criada do entendimento que cada jovem tem o seu lugar no mundo. E arte tem esse poder de nos tirar do lugar e nos dar uma nova perspectiva para olharmos a nossa história, o lugar de onde viemos. Assim construímos de maneira cada vez mais consciente a história do nosso futuro.

Este ano enfretamos novos desafios, mas também solidificamos o trabalho construído no ano passado, afinamos nosso discurso, tivemos novos parceiros de trabalho dentro da equipe, novos campos do conhecimento sendo explorados. Muita coisa nova aconteceu para reforçar a importância do trabalho que estamos desenvolvendo. E é com a mesma emoção do primeiro ano do Lanterninha que encerramos mais uma edição com novos cineclubes sendo formados.

A cada encerramento do projeto deixamos uma janela aberta na escola. Cada cineclube é uma janela para o mundo, uma porta de entrada para a alma.

Desejo a todos que entrem e fiquem à vontade.

2 Comentários:

Às 19 de novembro de 2009 às 16:55 , Anonymous Anônimo disse...

Vejo o Projeto Lanterninha, como um projeto de cunho pedagógico e social. Pedagógico porque fomenta a interdisciplinaridade nas escolas onde o mesmo foi implementado, mesmo que as unidades não deem a devida atenção para a mesma, os filmes apresentados remetem a esse entendimento através das discussões após cada exibição. Além de estimular a criticidade, (debates) criatividade, oralidade, a leitura de mundo e sociedade, a visibilidade e versatilidade do ser multimídia e áudio visual, entre outros. Social porque o poder aquisitivo de muitos pais não permite sobrar dinheiro para proporcionar aos filhos esse tipo de entretenimento visto que, é muito caro e não temos na Bahia seções populares que caiba no orçamento de muitas famílias. O cineclube possibilita aos seus integrantes experienciar novidades, contextualizar experiências vividas ou não no ambiente escolar, ampliando e valorizando o diálogo, buscando novos entendimentos, novas linguagens, levando o cinema para dentro da escola e este servindo como pano de fundo para uma práxi pedagógica salutar. Parabéns à equipe!

Maria José Carvalho Coelho
Cineclubista de carteirinha e fã do Projeto Lanterninha.

 
Às 19 de novembro de 2009 às 16:56 , Anonymous Maria José Carvalho Coelho disse...

Vejo o Projeto Lanterninha, como um projeto de cunho pedagógico e social. Pedagógico porque fomenta a interdisciplinaridade nas escolas onde o mesmo foi implementado, mesmo que as unidades não deem a devida atenção para a mesma, os filmes apresentados remetem a esse entendimento através das discussões após cada exibição. Além de estimular a criticidade, (debates) criatividade, oralidade, a leitura de mundo e sociedade, a visibilidade e versatilidade do ser multimídia e áudio visual, entre outros. Social porque o poder aquisitivo de muitos pais não permite sobrar dinheiro para proporcionar aos filhos esse tipo de entretenimento visto que, é muito caro e não temos na Bahia seções populares que caiba no orçamento de muitas famílias. O cineclube possibilita aos seus integrantes experienciar novidades, contextualizar experiências vividas ou não no ambiente escolar, ampliando e valorizando o diálogo, buscando novos entendimentos, novas linguagens, levando o cinema para dentro da escola e este servindo como pano de fundo para uma práxi pedagógica salutar. Parabéns à equipe!

Maria José Carvalho Coelho
Cineclubista de carteirinha e fã do Projeto Lanterninha.

 

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