terça-feira, 21 de setembro de 2010

Um texto bem interessante que tem tudo a ver com o Lanterninha!!!!!


Alfabetizacão Audiovisual




Cinema, televisão, computador, videogame, tablet, celular. Telas que se multiplicam, acompanham e influenciam o desenvolvimento de crianças e jovens no mundo contemporâneo. Orktut, Twitter, MySpace, Facebook, Second Life, YouTube. Novas maneiras de se relacionar, construir o conhecimento, compartilhar, aprender, imaginar, fantasiar. Atribuir sentido aos fenômenos do cotidiano. Transmitir e representar seu universo imaginado.
Entre os temas mais relevantes pesquisados durante o processo de desenvolvimento do documentário Ctrl-Vestá o que os americanos chamam de “New Media Litteracies”, o que significa, ao pé da letra, “letramento para as novas mídias”. Estamos falando da utilização dos conteúdos, linguagens e instrumentos de comunicação do novo século em processos educativos.
Se antes o desafio da educação já era algo difícil e complexo, agora configura-se como uma zona muito mais desconfortável e cheia de incertezas, causada sobretudo por um choque de gerações, que distancia os professores de um universo íntimo dos alunos.
A alfabetização audiovisual, conjunto de atividades e processos educativos que utiliza o cinema, a televisão e as novas tecnologias de comunicação como forma de construir e compartilhar experiências e conhecimentos, auxilia a compreender o processo de manipulação e construção de imagens, em suas mais diversas linguagens, ideologias, gramáticas, formatos, discursos subliminares, ritmos e formas.
As possibilidades de aprendizado se multiplicam e enriquecem as experiências educativas, consolidando o processo de inclusão de todas as culturas, conhecimento e formas de expressão. Um desafio para todos nós.
Texto retirado do site: http://www.culturaemercado.com.br/headline/alfabetizacao-audiovisual/


sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Semana passada, o Projeto Lanterninha realizou oficinas de vídeo em celular nas escolas atendidas pelo projeto. O intuito foi tanto que os cineclubistas atravessassem um processo de produção audiovisual compreendendo de dentro a linguagem cinematográfica quanto utilizar a escola como cenário para expressar o que eles têm a dizer sobre a educação.



No Renam Baleeiro (Águas Claras), apareceu coisas interessantes. Um dos filmes era um documentário-ficção de uma menina que passeava pela escola colando esparadrapos onde a escola estava doente. Pareceu-me que elas queriam dizer que a escola ainda tem jeito e vimos neste pequeno vídeo o desejo de ter uma escola de qualidade e com boas condições de saúde. Um outro, “Quem Cola Não Sai da Escola”, uma metáfora bem interessante para expressar as estratégias de pesca que os alunos tem para poder passar na prova. É uma história de terror de uma aluna que fica presa no banheiro, alucinando com fantasmas e ruídos porque foi pegar a pesca deixada lá por uma colega. Isto nos leva a pensar o sentido que avaliação tem para os alunos. E se realmente as provas e os testes vêm cumprindo a função para a qual foram inventados.






Parece que o cinema, quando realizado dentro da escola, evoca um imaginário construído cotidianamente pelos alunos, e quando eles têm à mão a possibilidade de poder expressa-lo saem coisas muito boas que são, também, pontos de vistas sobre a educação de nosso país e que a sociedade não tem tido acesso. Com certeza, ainda há muita coisa a ser elaborada e dita pelos alunos e alunas que constroem o dia a dia de nossa escola pública.

Com a voz, ou melhor, com a câmera, os discentes.


Por Marcelo Matos
Coordenador Pedagógico do Projeto Lanterninha


Para assistir os videos produzidos na oficina de celular, clique aqui